quarta-feira, 17 de novembro de 2010

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Primeiro do Brasil

Na postagem anterior disse:
-         ...daquele que foi considerado o primeiro automóvel fabricado no Brasil
Saiba agora, em duas histórias, porque disse essa frase:

História Européia.
A Iso Rivolta, apelido da "Isothermos Rivolta" ou simplesmente “Isothermos”, foi fundada em 1939 em Gênova, e tinha como atividade inicial a fabricação de unidades de refrigeração. Sob a direção de seu fundador Renzo Rivolta, a empresa mudou-se para Bresso em 1942, e após a guerra foi capaz de voltar e reabrir as suas portas. Ao invés de continuar com a fabricação de unidades de refrigeração, a empresa encontrou na fabricação de motocicletas uma excelente oportunidade de negócio. Após a Segunda Guerra Mundial, muitas pessoas não tendo dinheiro para pagar por automóveis grandes passou a utilizar scooters e motocicletas. Renzo Rivolta, entrou no mercado neste momento com uma linha de scooters, motos, e caminhões de três rodas. Depois de algum sucesso com estes veículos, ele decidiu se mudar para o ramo do automóvel.
Símbolos da Empresa de Renzo Rivolta. 

A companhia foi rebatizada Iso autoveicoli Spa, em 1952, e Rivolta passou a desenvolver um carro pequeno, devido à incrível popularidade dos mini-carros de três rodas como o Heinkel Kabine e o Messerschmitt. O resultado foi o, atualmente colecionável Isetta (literalmente, pequena Iso) projeto que foi licenciado para fabricantes, na França (Velam-French), Espanha (própria Iso) , Grã-Bretanha(BMW Isetta) , Brasil (Romi) e, a de maior sucesso, a BMW da Alemanha (onde havia demanda de uma alternativa barata e econômica de transporte e de pequenas dimensões).
 Isetta - Iso

O Iso Isetta foi apresentado no Turin Motor Show em 1953. Visto comicamente como o resultado de uma colisão em alta velocidade, entre uma geladeira, um scooter e um ovo de galinha, o Isetta tinha apenas 137cm de largura e 228 cm de comprimento. O carro tinha uma única porta na parte dianteira, as rodas traseiras, que ficavam a apenas 19 polegadas de distância uma da outra. O motor de dois cilindros, dois tempos, 236 cc permitiu uma velocidade máxima de 75 km/h e pode levar o Isetta a 30 km/h em 36 segundos. A Iso começou a produção na Itália e na Bélgica, para vendas internas e exportações limitadas.
Linha de montagem Iso - Itália.


Sete Iso Isettas participaram do Mille Miglia (1.000 milhas) em 1954. Cinco dos Isettas terminou o curso com o carro mantendo uma velocidade média de 73 km/h. “Olheiros” da BMW tinham visto o Isetta a pouco no salão de Genebra de 1954 e a mostra do carro de Turim e quase sem dúvida, testemunhou a exibição impressionante do pequeno carro no Mille Miglia. Na época, a BMW foi produzir o 502 e o 507: Carros que poucos alemães poderiam ter recursos para comprar na economia pós-guerra. Portanto, a empresa estava à procura de um carro da economia barata, e o Isetta coube perfeitamente. A Iso licenciou o carro para a BMW em outubro de 1954.

Isettas - BMW


A BMW fez a sua própria Isetta. Passaram a usar um motor de moto BMW mais confiável de um cilindro, quatro tempos, 247 cc, com 13 cv. Embora os principais elementos do design italiano permaneceu intacto, BMW redesenhou muito o carro, tanto que nenhuma das partes entre uma BMW Isetta e um Iso Isetta são intercambiáveis. A primeira BMW Isetta apareceu em Abril de 1955. A BMW apresentou, o reestilizado Isetta Moto Coupe DeLuxe (Isetta de janela deslizante), em outubro de 1956 com um motor maior de 298 cc para a exportação. Mais de cem mil carros foram vendidos em pouco tempo na Alemanha. A lenda (com o pé na vida real) diz que a BMW não estaria aqui hoje se não fosse o sucesso do pequeno Isetta.
BMW - Isetta Moto Coupe DeLuxe.

História Brasileira

Breve histórico Romi
 A Romi tem as suas origens em uma pequena oficina de conserto de automóveis, a “Garage Santa Bárbara”, instalada em 1930, por Américo Emílio Romi, no município de Santa Bárbara d'Oeste, Estado de São Paulo - Brasil.

Fachada da Garage Santa Bárbara. 

Em 1934 a Garage Santa Bárbara iniciou a produção de máquinas agrícolas, alterando sua razão social em 1938 para  "Máquinas Agrícolas Romi Ltda.".  Em 1941 inica-se a historia cheia de inovações da Romi, neste ano foi fabricado o primeiro torno mecânico da Romi, levando a marca IMOR, modelo TP-5, em 44 inicia-se as exportações de tornos, sendo a Argentina o primeiro mercado; Outra inovação Romi foi o “TORO”, primeiro trator fabricado no Brasil e em 56 sob licença da italiana Iso inicia-se a produção do Isetta , o primeiro carro feito no Brasil. Em 2006, foi comemorado o aniversário de 50 anos do carrinho. 





A italiana Iso licenciou o mini-carro para ser produzido no Brasil pela Máquinas Agrícolas Romi Ltda, na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, interior de São Paulo. Iniciaram sua montagem, sendo lançados em um grande desfile no dia 05 de Setembro de 1956, na capital paulista. Foram batizados Romi-Isettas, ou simplesmente Romisetas. Estes Isettas brasileiros mantiveram o design Iso e motores usados foram os Iso de 200cc até 1958, quando mudou para o BMW 300 cc.

Desfile de lançamento pelas ruas de São Paulo.


As indústrias Romi fabricou o Isetta original italiano, fazendo pequenas alterações ao longo dos anos para agradar os exigentes e poucos consumidores até 1959 sem problemas, quando passou a ser pressionada pelo GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) encerrando sua produção em 1961. O GEIA alegou na época que as características do estranho carrinho fugia totalmente aos padrões normais de um automóvel.
Linha de montagem Romi - Brasil. 
Os Romi-Isetta fabricados foram cerca de 3.000 dos quais ainda sobrevivem cerca de uns 275 aproximadamente. A italiana Iso só fez cerca de 1.000 Isettas.
A "fotinha" de péssima qualidade mostra a família Romi, junto ao seu produto.  

Nota: A investigação sobre este carro tem sido problemática. Diferentes artigos oferecem datas diferentes e muitas vezes informações contraditórias. Se você tiver alguma informação ou qualquer problema com o descrito acima, por favor contacte-me via comentários.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Primeiro carro made in brasil.

Navegando pela net esta semana encontrei um vídeo institucional daquele que foi considerado o primeiro automóvel fabricado no brasil, o DKW Vemag. Vale a pena ver, ótima qualidade.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Puma Sulafricano em vídeos.

No primeiro vídeo o senhor Wijker, fabricante atual do Puma. fala um pouco sobre o veículo.



No segundo video, um pequeno documentário sobre a "reencarnação" do Puma na África do Sul.



Para maiores informações sobre os Pumas sulafricanos atuais acesse o site do fabricante em:

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Brasil na África do Sul.

Em tempos de copa do mundo os olhares estão voltados para áfrica do sul...
O que tem a ver copa do mundo com carros brasileiros?
Não exportamos pra lá só o técnico de futebol não...
Lá nos temos também um dos ícones da indústria automobilística brasielira: O PUMA.    

O senhor Vic Borcherds ao visitar São Paulo, no início da década de 70 deparou-se com um veículo esportivo que lhe despertou interesse, o Puma. Descobriu que estes veículos eram baseados na mecânica dos VW’s e comprou um Puma dourado para levar pra casa, na África do Sul. Gostou tanto do veículo que negociou com a Puma Veículos e Motores Ltda. a licença para fabricação do mesmo pela sua empresa, Bromer Motors, na África do Sul, devido ao impraticável custo de importação do mesmo. 

O Puma, no Brasil, era construído no chassi do Karmann Ghia, que não era disponível na África do Sul, e a mão neste país era a conhecida “mão-inglesa”: com o motorista do lado direito. Outra diferença tava no sistema de freios que, no Brasil eram à disco enquanto na África usavam à tambor.
A Puma do Brasil foi a realizadora das modificações no design para usar a mecânica do Fusca. O primeiro Puma de mão inglesa foi construído num chassi que foi enviado ao Brasil por Vic. Esse carro, um exemplar azul escuro, foi enviado à África do Sul para testes.
  
As fotos a seguir mostram o primeiro Puma de mão inglesa da África do Sul. Primeiro com uma modelo de nome desconhecido e a segunda com a modelo Mitzi Stander, miss África do Sul em 68.




Em seguida, outros desafios apareceram. Não havia espaço interno o suficiente para a estatura dos sul-africanos, em média bastante altos: uma média de 1,80 m. Um segundo chassi foi enviado e os moldes modificados para dar um pouco mais de espaço ao motorista. Vic então negociou sem sucesso componentes com a VW da África do Sul. No fim das contas, a Bromer Motors comprou Fuscas novos, tirou a carcaça e construiu Pumas.
Rapidamente outros detalhes começaram a aparecer. O governo impunha restrições de importação - apenas 20 carros poderiam ser construídos totalmente com peças importadas - o que forçou a companhia a começar a usar cada vez mais peças locais. Como essas leis eram baseadas no peso das peças, os componentes mais pesados foram substituídos primeiro. Os vidros das janelas foram os primeiros a serem feitos (e para sorte dos sulafricanos, estes moldes continuam a ser usados para janelas novas). As rodas, o volante, lanternas dianteiras, faróis, todas as peças de fibra de vidro, estofamento e obviamente o chassi inteiro e o motor foram produzidos localmente. Todos esses primeiros Pumas foram ajustados com carburação dupla (Kit Solex, 40mm) e um distribuidor centrífugo.

Os carros venderam muito bem e Vic logo virou um "mauricinho", torrando os lucros ao invés de investir. Um total de 357 unidades foram produzidas e vendidas em questão de 21 meses. Um deles foi exportado para a Austrália para teste nesse mercado. Infelizmente, a falta de controle de custos (e gastos!!) levou à queda da empresa que fechou suas portas em 1975.

    O puma australiano e seu dono.

 Embora a produção cessou, a procura de automóveis manteve-se forte. Como resultado, o entusiasta em Pumas Jack Wijker aproximou da Puma do Brasil para o direito de continuar a fabricação e comercialização de automóveis Puma na África do Sul. Esta licença foi concedida em 1986. Uma empresa chamada Puma Marketing foi criada para venda de carros e peças na África do Sul. Inicialmente, a Puma Marketing importava carros completos do Brasil. Devido a direitos de importação exorbitantes a Puma Marketing decidiu fabricar carros localmente. Os moldes foram comprados, e 26 unidades foram montadas em Verwoerdburg entre 1989 e 1991.

    Puma da fase Puma Marketing. 

A fábrica do senhor Vic foi vendida às pressas por um preço barato e o senhor Jack Wiyker comprou as peças e fresas que sobraram. Jack era o gerente da área mecânica de uma das maiores negociadoras da VW na África do Sul e de fato ajudou a construir alguns carros no fim quando a Bromer Motors fechou. Nessa época, a VW já havia parado a produção do Fusca (1978), o que impossibilitou a produção de novos Puma. Seu sonho foi continuar a construir carros e finalmente ele conseguiu o direito de vender, como novos, carros produzidos a partir de chassis usados (que, de certa forma, realmente eram novos, pois seu trabalho era muito minucioso). Outros trabalhos o impediram de construir muitos carros. Em 2007, já aposentado retomou a produção em pequena escala. E os Pumas têm sido fabricados atualmente na África do Sul, desmancha-se Fuscas e num trabalho minucioso saem Pumas novos e dentro dos padrões exigidos pelas leis de trânsito naquele país.   

    Puma em processo de fabricação. Foto da atualidade.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Primeiro Post.

Olá, inicio agora uma aventura pessoal que desejo a algum tempo, ter meu próprio blog.
Diante de tantos assuntos possíveis para se criar um blog, resolvi falar de um assunto que é paixão de muita gente e existem diversos tipos de entendimento sobre o assunto por isso sei que muitos acharão este blog fraco, outros nem tanto, mas pra mim vale o aprendizado que possa proporcionar a mim e se possível também para outros.
Mas que assunto é esse?
Resolvi falar de algo que realmente gosto porque não quero que meu blog nasça como um blog morto, terei como falar um pouco nele. Falarei de veículos, mais especificamente carros, estarei focado na indústria brasileira de veículos, pela sua genialidade, e pela falta de valor dado a essa sublime indústria.
Tentarei falar um pouco de tudo sobre o assunto, não sei de nada, estou aqui para aprender e conto com sua ajuda!
Fortíssimo abraço a vc que se aventurou em dirigir por este blog! Conto com sua ajuda!

Stael Alves
Brasileiro nato e de coração!